sexta-feira, outubro 06, 2006

o homem que não sabia nadar
e que nadava sem saber
o homem que queria ser egoista
e que não era egoista sem querer
o homem que preferia não sentir
e que sentia sem o preferir
o homem que sabia o que queria
mas que foi abatido à saída de casa
com uma Smith & Wesson de calibre 38
o homem que pensou
que não valia a pena ser homem
o homem que pensou
que não valia a pena dar amor
o homem que pensou
que a relatividade dos corpos não deveria existir
o homem que pensou
que era eu
eu fui o homem que pensou
e pensei que não devia pensar
pensar torna-me humano
o homem que pensou
que não valia a pena ser homem
mas pensava
logo era homem
era amor
era relatividade
amor não tem relatividade
era homem
era amor
era relatividade
foi abatido
foi melhor assim...

6 comentários:

Lara Reis disse...

até que enfim!!! axo que de todos que li (e certamente dos que tens publicados aqui no blog) este é o melhor poema que alguma vez li teu.

e pela primeira vez, vejo-te reflectido (ou não, n quero entrar em questões metafisicas).

gosto muito, destes quero ler mais!!!

Müs disse...

Muito bom. Tens que me escrever qq coisa num guardanapo ou nas costas de um ticket de estacionamento. Só pra trazer na carteira, que é para poder dizer que não é só merda que lá trago.

Anónimo disse...

Olha já pensaste em escrever sobre o homem que não sabia....f*****????

Anónimo disse...

so te posso dizer uma couisa segue em frente esvreve mais para eu me deciliar

Anónimo disse...

desculpa os erros

Anónimo disse...

Ai rosinha quem me dera poder deliciar-te....