e o amor é um dia mau
estas já não são as minhas costas
estes já não são os meus rebanhos
e depois nada semeio
com a certeza de canetas estragadas
com o fogo a queimar-me o ar
vem-me asfixiar
mas quero a tua liberdade
se me soltas, solto-me também
este dia é de amor
e o amor é um dia mau
domingo, dezembro 03, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
pele com o teu sotaque é mais macia
toco-te ao longe e já imagino
falas de coisas que eu nem sei
entro pelo outro lado do mundo
e já nem quero saír
se eu te sentir então
tudo vai ser imprevisível
mas eu quero correr esse risco
adivinho-te em todas os lugares
crio-te em todas as manhãs
a meio da tarde voltamos a falar
e das coisas que eu continuo sem saber
quero sentir o teu respirar
em todos os meus poros
todos
toco-te ao longe e já imagino
falas de coisas que eu nem sei
entro pelo outro lado do mundo
e já nem quero saír
se eu te sentir então
tudo vai ser imprevisível
mas eu quero correr esse risco
adivinho-te em todas os lugares
crio-te em todas as manhãs
a meio da tarde voltamos a falar
e das coisas que eu continuo sem saber
quero sentir o teu respirar
em todos os meus poros
todos
uma parede de costas pintadas
idiota
cruza os braços
fala em vão
respiro mas asfixio
o sujeito da estação
meteu gasolina
saí sem pagar
idiota
foi o que eu ouvi
a estrada é seca
e eu já cheguei ao início
só me apetece não voltar
mas é lá que eu trabalho
idiota
é o que eu digo
matava se eu morresse
mas que sede de golpes nas costas
cortesia de uma boa marca de facas
é tinta que me sai das veias
é tinta que vai parando
não apago com qualquer borracha
idiota...
idiota
cruza os braços
fala em vão
respiro mas asfixio
o sujeito da estação
meteu gasolina
saí sem pagar
idiota
foi o que eu ouvi
a estrada é seca
e eu já cheguei ao início
só me apetece não voltar
mas é lá que eu trabalho
idiota
é o que eu digo
matava se eu morresse
mas que sede de golpes nas costas
cortesia de uma boa marca de facas
é tinta que me sai das veias
é tinta que vai parando
não apago com qualquer borracha
idiota...
sexta-feira, outubro 20, 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
domingo, outubro 15, 2006
ontem cheirava-me a girassois
hoje cheira-me a café torrado
escrevo com pedras na pele
e espero ver nascer cicatrizes
tento parar a auto-destruição
com betadine e álcool etílico
quando é que me envias aquelas palavras?
envia-mas por correio expresso
para me marcarem mais cedo
e mais cedo o tempo as apaga
vida prostituta a viajar em classe turística
é esta a revolta silenciosa
que me dilata as veias até rebentarem
mas não te esqueças,
envia-mas por correio expresso
hoje cheira-me a café torrado
escrevo com pedras na pele
e espero ver nascer cicatrizes
tento parar a auto-destruição
com betadine e álcool etílico
quando é que me envias aquelas palavras?
envia-mas por correio expresso
para me marcarem mais cedo
e mais cedo o tempo as apaga
vida prostituta a viajar em classe turística
é esta a revolta silenciosa
que me dilata as veias até rebentarem
mas não te esqueças,
envia-mas por correio expresso
sexta-feira, outubro 13, 2006
sexta-feira, outubro 06, 2006
o homem que não sabia nadar
e que nadava sem saber
o homem que queria ser egoista
e que não era egoista sem querer
o homem que preferia não sentir
e que sentia sem o preferir
o homem que sabia o que queria
mas que foi abatido à saída de casa
com uma Smith & Wesson de calibre 38
o homem que pensou
que não valia a pena ser homem
o homem que pensou
que não valia a pena dar amor
o homem que pensou
que a relatividade dos corpos não deveria existir
o homem que pensou
que era eu
eu fui o homem que pensou
e pensei que não devia pensar
pensar torna-me humano
o homem que pensou
que não valia a pena ser homem
mas pensava
logo era homem
era amor
era relatividade
amor não tem relatividade
era homem
era amor
era relatividade
foi abatido
foi melhor assim...
e que nadava sem saber
o homem que queria ser egoista
e que não era egoista sem querer
o homem que preferia não sentir
e que sentia sem o preferir
o homem que sabia o que queria
mas que foi abatido à saída de casa
com uma Smith & Wesson de calibre 38
o homem que pensou
que não valia a pena ser homem
o homem que pensou
que não valia a pena dar amor
o homem que pensou
que a relatividade dos corpos não deveria existir
o homem que pensou
que era eu
eu fui o homem que pensou
e pensei que não devia pensar
pensar torna-me humano
o homem que pensou
que não valia a pena ser homem
mas pensava
logo era homem
era amor
era relatividade
amor não tem relatividade
era homem
era amor
era relatividade
foi abatido
foi melhor assim...
quarta-feira, outubro 04, 2006
segunda-feira, outubro 02, 2006
quinta-feira, setembro 28, 2006
tiraste-me os olhos mas não me tiraste a visão
levita essa tua biblia urbana
leva-me à incompreensão
já me cheirou aqui melhor
já me corrompi vezes demais
tiraste-me os dedos mas não me tiraste os aneis
desce essa tua biblia urbana
construí pontes nos rios que não existiam
atravessei mas não olhei para baixo
quente sangue
ar que que me asfixia
tiraste-me a cerca mas não me tiraste a as algemas
rasga essa tua biblia urbana
porque o rio aqui jamais passará
levita essa tua biblia urbana
leva-me à incompreensão
já me cheirou aqui melhor
já me corrompi vezes demais
tiraste-me os dedos mas não me tiraste os aneis
desce essa tua biblia urbana
construí pontes nos rios que não existiam
atravessei mas não olhei para baixo
quente sangue
ar que que me asfixia
tiraste-me a cerca mas não me tiraste a as algemas
rasga essa tua biblia urbana
porque o rio aqui jamais passará
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